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24 de setembro de 2010

Coisas muito estranhas estão acontecendo nesta eleição.

Primeiro, o imenso retrocesso da justiça eleitoral, que não satisfeita em obrigar o uso do título eleitoral - documento que caminhava célere rumo à obsolescência - agora ainda exige que um outro documento com foto seja levado. Ora se é para agir dessa maneira melhor seria manter aquele antigo título - usado até 1985 - que embora fosse quase do tamanho de uma cartolina pelo menos já vinha acompanhado de foto.

Outro absurdo é essa confusão do voto para dois senadores, com partidos e candidatos abrindo mão de lançar candidaturas. Aqui onde voto, no Rio Grande do Sul, a situação fica mais absurda ainda com o comportamento de dois candidatos que se apresentam ao eleitor pedindo que o nome deles mereçam ser uma das duas escolhas. Num desrespeito à fidelidade partidária, eles nem sequer se envergonham de sugerir ao eleitor que votem em qualquer candidatura desde que uma das opções sejam eles. Que o eleitor faça - e normalmente faz - essa salada, de misturar partidos, vá lá. Mas a um candidato, filiado, que passa por uma convenção e que ocupa um espaço televisivo destinado ao partido, é um desrespeito que peça ao eleitor que passe por cima das legendas. Mais: estes dois candidatos nem teriam quem indicar, pois os partidos e/ou coligações (num gesto de servilismo) nem chegaram a oferecer ao eleitor uma segunda opção. E aí vem a pergunta final, que de certa forma destrói os argumentos destes dois candidatos: se eles querem que o eleitor considere eles com uma das duas opções, qual será a segunda opção de voto de cada um deles?

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